Trevo de Quatro Folhas

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Olá!! Seja muito bem vindo a nossa página. Se você é daqueles que não pode ver uma plantinha, com certeza você está no lugar certo. Vamos abordar temas relevantes relacionados ao universo da jardinagem, dando dicas de cuidados especiais, dicas de lugares que valem a pena conhecer e muito mais. Sinta-se a vontade para navegar por horas.

Como cultivar cactos e suculentas

Ao falarmos de cactos e suculentas, a primeira coisa que nos vêm a cabeça é a aridez do deserto, de onde estas espécies são originárias. Neste texto vamos conhecer particularidades destas plantas que vão mudar completamente o conceito de muitos a respeito dessas plantas.

Os cactos foram classificados a partir e 1750, pelo botânico sueco Carl Von Linée, enquadrando-os na família botânica Cactaceaes, que compõe-se de mais de 120 gêneros com quase duas mil espécies, das quais se originam milhares de variedades de cactos.

Espécies de cactos

Podemos encontrar cactos em quase todas as partes do mundo, cada uma adaptada ao seu clima. Existem espécies que não chegam a 3 centímetros de altura, enquanto outras superam os 15 metros, como é o caso do Carnegiea gigantea, nativo do deserto do Arizona.

Dentro das espécies de cactos, podemos destacar as que produzem as mais belas flores: Cacto rosa (Pereskia grandifolia), Cacto vitoria (Cereus peruvianus); Glória(Trichocereus spachianus); Bolas de espinho(Echinocereus); Preciosa(Lobivia oreopepun).  E também não vou deixar de mencionar  o Escobaria(Coryphatha chaffeyi), com flores de cor ébano armando suas pétalas semieretas num cálice, em meio ao qual, encontramos os estames amarelo-ouro.

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Existem cactos que ao contrário do que podemos imaginar, têm seu habitat  em meio às árvores das florestas em meio as sombras e com alto teor de umidade, como é o caso da flor-de-maio (Zygocactus trucatus).

Antes de conhecermos melhor como cultivar cactos e suculentas, vamos conhecer um pouco mais sobre as suculentas, que requerem menos cuidado em seu cultivo. Além de tudo são muito colecionáveis, devido a grande variedade de cores e formas. Elas pertencem à família das Crassulaceas. Apresentam folhas muito carnudas.

Dentre as suculentas ( Crassulaceas) podemos destacar os apreciadíssimos Calanchoes (kalanchoe Blossfeldiana) com suas alegres e duráveis cores vermelho, laranja, branco e amarelo. O incrível Leopardo (Kalanchoe tubiflora) que consegue progredir em quase todos os lugares. Os delicados tons rosados das grandes folhas do Cotiledom (Cotyledon spp.)As rosas de prata (Echeveria spp.) com suas folhas dispostas em grandes rosetas na cor argenta.

Como cultivar cactos e suculentas

São as plantas mais fáceis para cultivarmos. O ideal seria em vasos de argila e terra ou substrato leve. O grande lance para seu cultivo é a drenagem do solo.

Colocar argila sobre o furo do vaso, para facilitar o escoamento do excesso de água.

Substrato

O tipo substrato ideal para o cultivo de cactos e suculentas pode ser obtido pela seguinte mistura:

Vamos precisar de 1 parte de terra neutra arenosa, em seguida vamos acrescentar a mesma quantidade de areia média lavada. E por ultimo, vamos acrescentar outra parte igual de húmus de minhoca ou esterco curtido e peneirado. Basta misturar tudo uniformemente.

Também são facilmente encontrados substratos prontos para cactos e suculentas em casas de jardinagem

vou deixar aqui o link de uma floricultura de confiança para quem quiser mais informações sobre substratos para cactos clicando aqui: Floricultura Meu Jardim

Regas

Podemos levar em consideração que os cactos e suculentas são plantas com grande capacidade de reter água. Para tanto, devemos considerar o ideal seriam as regas em pequena quantidade e semanalmente.

Adubação

Podemos adubar regularmente como qualquer outra espécie de planta, com uma formula básica 10-10-10, ou também com adubos a base de pó de rochas.

Multiplicação

Podemos multiplicar os cactos por divisão, a partir de mudas que surgem ao lado da planta mãe, também é possível cultivar de sementes. Enxertar sobre espécies mais resistentes, auxilia plantas mais sensíveis. Podemos multiplicar as  suculentas através da divisão das touceiras, ou mesmo pela estaquia de suas folhas em areia.

Considerações do escritor

Seria impossível manter um site que fala de jardins e da dicas de plantas sem falar de cactos e suculentas. As suculentas são as queridinhas, seja por ser fácil cultivar, seja por sua grande variedade ou até mesmo pelo tamanho compacto. Não importa, difícil será encontrar um lar que não tenha ao menos um cacto ou suculenta. Elas serão sempre lembradas.

como cultivar cactos e suculentas
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Doenças comuns em plantas ornamentais

Conceito

Vamos falar agora sobre as doenças que ocorrem com maior frequência nas plantas ornamentais, seus sintomas, origem e causa.

As causas das doenças são muitas e se dividem em dois grupos: Parasitárias ou infecciosas principalmente causadas por fungos, bactérias, virus, micoplasma e mematoides. São em sua maioria microscópicos. E não parasitárias ou fisiológicas, essas são causadas por condições desfavoráveis de crescimento. Entre elas o excesso ou desequilíbrios dos elementos essenciais para o crescimento da planta. Umidade excessiva ou seca, condições impróprias de luz, condições físicas do solo e até ar muito poluído com diferentes gases.

deficiencia nutricional em folhas

Os sintomas mais comuns são antracnoses, cancros em ramos e caules, distorção ou descoloração de folhas e flores, nanismo, ferrugem, galhas, mofo cinzento, murhas, oídios, podridões. A maioria destes é causado por fungos.

Quando pensamos em tratar ou evitar as doenças em plantas ornamentais ou até mesmo sua prevenção, devemos levar em consideração o meio ambiente e, frequentemente, a simples aplicações de tratos culturais adequados ou pequenas alterações no ambiente como maior insolação e ventilação das plantas. Entretanto quando falamos em ambiente aberto já é um pouco mais difícil de fazer pequenas modificações, sendo necessário a aplicação de fungicidas, bactericidas ou nematicidas. Vale lembrar que esses são produtos tem efeito protetor. Isto é, basta estar presente no solo ou na plantas. Em outros casos, será necessário remover as plantas doentes para evitar contaminação de plantas saudáveis

Doenças Fúngicas

São organismos, em sua maioria microscópicos, desprovidos de clorofila e constituem em um reino a parte. Eles compõe a maioria dos parasitas das plantas ornamentais e os sintomas por ele induzidos são os seguintes

Antracnose

Manchas deprimidas nos diversos orgãos das plantas como folhas, pecíolos, hastes, botões florais e frutos, quando são novos e tenros. Começam com pequenos pontos até atingirem um grande parte do tecido parasitado. Plantas hospedeiras: Babosa, antúrio, begônia, cactos, areca bambu, cordyline, ciclame, comigo-ninguém-pode, hera, helicônia, hortênsia, lírio, orquídeas, palmeira, filodendro, flamboyant, espada-de-são-jorge, estrelícia, vela da pureza, tinhorão.  Para controle, recomenda-se remover e destruir os órgãos atacados e utilizar regas por infiltração.

Ferrugem

Lesões em forma de pústulas irregulares recobertas por massas de esporos de coloração amarelada, alaranjada ou marrom avermelhada. Plantas hospedeiras: Acácia, antúrio, cravo, gerânio, gladíolo, crisântemos, boca de leão, esponjinha.

A escolha de matrizes sadias é uma primeira medida para controle da ferrugem. Poda e incineração de folhas contaminadas ajudam a evitar a propagação da doença. Rega deve ser feita por infiltração.

Galha

Ocorre principalmente em folhas, pétalas, brotos e frutos novos. Os órgãos atingidos se tornam espessos e parcialmente deformados com aspecto esbranquiçados. Plantas hospedeiras: Azaléa, camélia, ipoméia e as laucáreas em geral. Recomenda-se o corte do galho infectado.

Oídio

Manchas esbranquiçadas formadas pela trama micelial do fungo na face superior ou, em casos mais intensos, nas duas faces da folha. Ocorre também no cálice e pétalas, pecíolo e principalmente em partes menos expostas a luz. Um fator importante que favorece o desenvolvimento do oídio é a temperatura amena e umidade em torno de 80%. Plantas hospedeiras: Azaléa, begônia, acalifa, hortênsia, resedá. Recomenda-se eliminar os órgãos atacados e pulverização á base de enxofre, em aplicações semanais.

 

 

Míldio

Doença que pode ser identificada pelas manchas irregulares de cor parda que aparecem na face superior das folhas, em comum, as plantas mais atingidas são as que ficam em ambientes mais sombreados e úmidos. As folhas se enrolam, secam e caem.

Favorecem o aparecimento do míldio, a temperatura amena, umidade em 90% ou mais  e alta densidade de plantio. Plantas hospedeiras: Roseiras, sempre-viva, girassol.

Recomenda-se a poda e arejamento para diminuir a umidade. Aplicações de chlorothalonil ou Mancozeb são recomendadas.

Mofo cinzento

Muito comum em viveiros úmidos durante o inverno. Pode se tornar bastante grave por ter rápida disseminação. Atinge folhas e flores. Tem inicio com manchas marrons aquosas que se desenvolvem rapidamente cobrindo totalmente o órgão infectado que se cobrem com o fungo de aspecto pulverulento e coloração acinzentada. Na roseira, atinge os botões que se ramificam e ficam pendentes. No crisântemo,  afeta as estacas na mesa de enraizamento. Plantas hospedeiras: begônia, cravo, lírio, orquídeas, gerânio, crisântemo, gloxínia, roseira. Em caso de grandes plantações de crisântemo, não podemos dispensar pulverizações de produtos a base de Iprodione e Vinclozolin.

Murcha

Flacidez em parte ou toda planta, por falta d’água, embora o solo esteja úmido,  causados pelo entupimento dos vasos pelo patógeno. Em casos mais avançados, o tecido murcho se resseca e a folha fica quebradiça. As raízes apodrecem em pouco tempo. A murcha ocorre com mais frequência em altas temperaturas e solos mal drenados. Plantas hospedeiras: Antúrio, rainha margarida, crisântemo, cravo, ciclame, dália, gladíolo, orquídea.

O principal controle se faz através da manutenção de terrenos bem drenados, limpeza e destruição de plantas infectadas.

Manchas de folhas

São áreas escuras de tamanho e formas variadas, às vezes com zonas concêntricas de tecido morto e necrosado. Iniciam-se como pontuações em qualquer parte do limbo, aumentam de tamanho e as vezes se unem formando manchas maiores atingindo grandes áreas das folhas, ou até a folha por inteiro, podendo gerar perfurações nas folhas. Plantas hospedeiras: gramas, crisântemos, perlagônio, prímula, roseira, chorão, hibisco, gladíolos, cóleos, ipês, dracenas entre outras.

Cancro dos ramos ou caule

Feridas nos tecidos lenhosos da planta, inicialmente observa-se manchas que mudam de coloração de acordo com o desenvolvimento da lesão. Em condições mais graves surgem fendas longitudinais na casca que podem se aprofundar e alongar deixando exposto o tecido mais interno. Pode ocorrer em área de enxerto e também é conhecido como cancro de enxerto. Recomenda-se cortar e queimar as partes infectadas, cortando bem abaixo da área infectada.

Podridões

Os tecidos atingidos descolorem, amolecem e até se desintegram,  pode ser seca ou úmida, com ou sem odor desagradável. Atinge hastes, estacas, raízes, bulbos e a coroa. Em geral são fungos que vivem no solo e atacam a planta em sua porção subterrânea ou na superfície do solo. Plantas hospedeiras: violeta africana, gloxínia, azaléa, petúnia. crisântemos, fitônia, chifre de veado, comigo-ninguém-pode, tinhorão, cravo, gladíolo, acalifa, estrelícia, gramas, hibisco, árvores diversas. Recomenda-se arrancar e destruir as plantas doentes, substituir o solo ou estereliza-lo. Reduzir as regas também ajuda na redução da podridão, em alguns casos a aplicação de calcário também se mostra eficaz.

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